sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

René Quinton (1866-1925)

Hoje, o nome de René Quinton pouco significa. Mas, para quem conhece o homem e sua obra, esse esquecimento é tão espantoso quanto ignorar Einstein e a teoria da relatividade! É importante mostrar as incríveis teorias que deram origem à descoberta do “plasma de Quinton" e às amplas aplicações terapêuticas da água de mar.
René Quinton era uma dessas pessoas que possuem cultura enciclopédica, que se interessam apaixonadamente por mil coisas e aplicam a tudo seu espírito inventivo e sua imaginação. Foi admirado pelas suas descobertas no campo da medicina e da biologia, pelo seu senso prático na criação de dispensários marinhos, pelas diversas invenções que fez, pela sua contribuição ao desenvolvimento da aviação francesa e dos planadores, assim como por seu heroísmo durante a Primeira Guerra Mundial.
Quinton criou um método terapêutico muito avançado para o seu tempo e causou verdadeira revolução na maneira de compreender a origem da vida e as teorias da evolução.
Quinton formulou a hipótese que “a vida animal, que começou como uma célula no mar, manteve através de toda a evolução zoológica as células que compõem cada organismo num ambiente marinho.”
Uma longa série de experiências com várias espécies confirma a hipótese e estabelece a lei da constância marinha. Uma demonstração muito famosa foi mergulhar glóbulos brancos, que não resistiam a nenhum meio artificial. Na água do mar, eles conseguiram sobreviver perfeitamente.
A análise minuciosa da água do mar e do meio vital tornou possível a Quinton descobrir mais 17 elementos raros, além dos 12 já conhecidos na sua época. Quinton é claramente o precursor da teoria dos Oligoelementos, sendo um dos primeiros a mostrar a sua necessidade para o bom funcionamento do organismo.
Quinton concluiu que a água do mar isotónica (ou seja, com o teor de salinidade apropriado para a espécie) pode substituir o meio vital de um organismo. Essa hipótese extraordinária é confirmada de maneira espectacular por Quinton, que substitui publicamente o sangue de um cachorro pela solução apropriada de água do mar. No dia seguinte, o cachorro já andava e, oito dias depois, estava completamente regenerado pela solução injectada. Esse cachorro só morreu cinco anos mais tarde, num acidente.
O meio vital é parte importante do terreno do indivíduo. Talvez seja, simplesmente, “o” terreno. Regenerando o meio vital pela água do mar isotónica, o doente reconstrói o seu terreno de uma só vez.
É possível trabalhar ao mesmo tempo em dois planos: estimular as defesas do organismo — reforçando ou renovando o terreno, isto é, o meio vital — e, também, lutar contra vírus e micróbios para ajudar um organismo enfraquecido a vencer o “inimigo”.
René Quinton fez pesquisas e mais pesquisas antes de determinar exactamente como a água do mar deveria ser captada, esterilizada a frio e diluída para obter um produto 100% de acordo com as suas exigências. Compete aos médicos de hoje apreciar o seu espírito de síntese e trabalhar para a unidade da medicina ao serviço da saúde.


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Texto by A.Pires
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